Atividades em Energia
Energia Renovável
MULTEE, com experiência decorrente da participação em mais de 3.000 MW, atua no desenvolvimento de projetos de geração de energia elétrica, em particular solar, eólica, além da avaliação, certificação, acreditação e parecer técnico regulamentos no setor elétrico, seguindo as recomendações e as exigências das normas, agências reguladoras, concessionárias e outros órgãos. Os laudos servem como documento e certificação para determinadas situações como instalação e certificação de para-raios (SPDA), norma regulamentadora de segurança(NR10) e apropriação de ICMS sobres as faturas de energia.
Energia Solar
O aproveitamento da energia gerada pelo Sol, inesgotável na escala terrestre de tempo, tanto como fonte de calor quanto de luz, é hoje uma das alternativas energéticas mais promissoras para prover a energia necessária ao desenvolvimento humano. Para fins de engenharia, pode-se falar da energia solar fotovoltaica e da energia solar térmica, apresentadas a seguir.
EnergialFotovoltaica
A energia solar fotovoltaica é a energia obtida através da conversão direta da luz em eletricidade (efeito fotovoltaico).
Em 2012, a produção mundial de células fotovoltaicas foi de 36,2 GWp; esta potência equivale a mais de duas vezes e meia a potência da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Nos últimos dez anos, o crescimento anual médio da indústria de células fotovoltaicas foi de 54,2 %.
Os primeiros sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica foram instalados no Brasil no final dos anos 90 em concessionárias de energia elétrica, universidades e centros de pesquisa. Os sistemas pioneiros foram instalados em algumas universidades públicas. Atualmente, a capacidade de sistemas fotovoltaicos instalados no país, incluindo sistemas isolados e conectados à rede, é da ordem de 30 a 40MWp.
No Brasil, há laboratórios e equipes de especialistas em universidades públicas e privadas, centros de pesquisa e empresas, atuando no desenvolvimento de tecnologias de purificação de silício, células e módulos fotovoltaicos, inversores e controladores de carga, bem como no estudo de aplicações dessas tecnologias. Porém, ainda não foi atingido o nível de aperfeiçoamento tecnológico dos países desenvolvidos e, portanto, esforços devem ser realizados por todos os atores do setor. A Multee atua nesse sentido e desenvolve vários projetos de pesquisa na área de energia fotovoltaica.
A equipe, com capacitação nacional e internacional, oferece ainda suporte técnico a projetos fotovoltaicos das empresas.
Energia Solar Térmica
A energia solar térmica se caracteriza pela utilização da radiação solar incidente em um corpo sob a forma de calor. Os equipamentos mais difundidos com o objetivo específico de se utilizar a energia solar térmica são conhecidos como coletores solares.
Os coletores solares são aquecedores de fluidos (líquidos ou gasosos), sendo classificados em coletores concentradores e coletores planos, em função da existência ou não de dispositivos de concentração da radiação solar. O fluido aquecido pode ser mantido em reservatórios termicamente isolados até o seu uso final. Os coletores concentradores estão associados a aplicações em temperaturas superiores a 100oC, podendo alcançar temperaturas de até 400oC para o acionamento de turbinas a vapor e posterior geração de eletricidade. Já os coletores planos são utilizados, fundamentalmente, para aplicações residenciais e comerciais em baixa temperatura (por volta de 60oC), como: água aquecida para banho, ar quente para secagem de grãos, aquecimento de piscinas, água aquecida para limpeza em hospitais e hotéis, etc.. Os coletores solares planos já são largamente utilizados no Brasil para aquecimento de água em residências, hospitais, hotéis, etc., visando à redução do consumo de energia elétrica ou de gás.
Energia eólica
Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento (vento). Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o emprego de turbinas eólicas, também denominadas aerogeradores, para a geração de eletricidade.
A avaliação do potencial eólico de uma região requer trabalhos sistemá- ticos de coleta e análise de dados sobre a velocidade e o regime de ventos. Geralmente, uma avaliação rigorosa requer levantamentos específicos, mas dados coletados em aeroportos, estações meteorológicas e outras aplicações similares podem fornecer uma primeira estimativa do potencial bruto ou teórico de aproveitamento da energia eólica. Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m2 , a uma altura de 50 m, o que requer uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s (GRUBB; MEYER, 1993). Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, em apenas 13% da superfície terrestre o vento apresenta velocidade média igual ou superior a 7 m/s, a uma altura de 50 m. Essa proporção varia muito entre regiões e continentes, chegando a 32% na Europa Ocidental, como indicado na Tabela 6.1. Mesmo assim, estima-se que o potencial eólico bruto mundial seja da ordem de 500.000 TWh por ano. Devido, porém, a restrições socioambientais(18), apenas 53.000 TWh (cerca de 10%) são considerados tecnicamente aproveitáveis (Tabela 6.2). Ainda assim, esse potencial líquido corresponde a cerca de quatro vezes o consumo mundial de eletricidade. No Brasil, os primeiros anemógrafos computadorizados e sensores especiais para energia eólica foram instalados no Ceará e em Fernando de Noronha (PE), no início dos anos 1990. Os resultados dessas medições possibilitaram a determinação do potencial eólico local e a instalação das primeiras turbinas eólicas do Brasil.