Som alto prejudica crianças o ruído é a terceira causa de poluição no mundo, ficando atrás somente da poluição do ar e da água, e é uma das principais causas de problemas auditivos. Cuidar para que seus filhos não fiquem expostos a sons muito altos – seja por pouco ou muito tempo – é importante para garantir que eles tenham uma boa audição .
Segundo a Organização Mundial de Saúde, há cerca de 280 mil pessoas no mundo com problemas auditivos , e cerca de um quarto deles tem início na infância . A boa notícia é que eles podem ser evitados. Veja como:
– Prefira andar com as janelas do carro fechadas em ruas e avenidas movimentadas; o vidro serve como barreira para a entrada do som muito alto
– Nunca ultrapasse a metade do indicador de volume na televisão da sua casa; como a regulagem varia de um aparelho para outro, fica difícil estabelecer um volume padrão recomendável. Mas sempre regule o mais para baixo possível
– O mesmo vale para aparelhos de som. Evite ouvir música muito alta dentro de casa ou do carro e, se seu filho já for grandinho, aconselhe-o a evitar o volume alto em players individuais, como o iPod. Esses aparelhinhos chegam a mais de 110 dB. Mesmo ouvir música alta sem os fones de ouvido é mais recomendável, ainda que danoso.
– Para evitar desconfortos e um bebê irritado, prefira não ficar muito tempo em ambientes onde muitas pessoas estejam falando ao mesmo tempo.
– Muito ruído também atrapalha na comunicação e no desenvolvimento de crianças pequenas, que estão aprendendo a falar, pois atrapalha na memorização de diferentes sons. Com a confusão de vozes, as crianças têm dificuldades para se fixar na voz de uma só pessoa e prestar atenção nas suas palavras, em como elas são ditas.
– Quando o assunto são os sons que acontecem de repente e altos demais, o perigo de ter a audição danificada é ainda maior. Crianças não deveriam, por exemplo, assistir à queima de fogos de artifício. É que o impacto sonoro nessa situação é enorme (cerca de 140 dB) e inesperado, e pode comprometer as células que captam o som dentro dos ouvidos. Uma vez danificadas, elas não se regeneram e a audição fica prejudicada para o resto da vida.
– Mesmo na escola o ruído está presente, e pode ser mais ou menos intenso dependendo das instalações. Em geral, ele vem de fora da sala de aula, mas pode atrapalhar do mesmo jeito. Por isso fique atento na hora de escolher onde seu filho vai estudar: dê atenção à localização das classes (melhor que não tenha janelas para a rua) e ao isolamento acústico que elas oferecem. O ruído não só incomoda e distrai como também interfere no rendimento escolar das crianças e em seu humor. Isso porque, como explica José Carlos Burlamaqui, otorrinolaringologista do hospital Santa Catarina (SP), “sons acima de 60 dB (como fica a altura do barulho numa sala de aula com crianças conversando) já podem causar desconforto, enxaqueca, náusea e indisposição quando a pessoa fica exposta por muito tempo”. Quando acima de 80dB, a criança pode até mesmo apresentar comportamentos mais agressivos. Esse volume de som é o que escutamos em lugares de tráfego constante de veículos.
*dB= decibéis; unidade de medida para saber a intensidade do volume de um som
Fonte: Revista crescer
Foto: Revista crescer